Métricas de Inovação

O uso de métricas e indicadores é uma ferramenta importante para se entender o comportamento de uma empresa, para as suas gestões e para a indução de comportamentos.

É importante considerar, que muitas métricas de uma organização não servem apenas para medir algo, mas também para dar subsídios a tomada de decisões estratégicas, como por exemplo, em que tipo ou quais inovações a organização deve priorizar.

Como medir inovação?

Esta pergunta não tem uma resposta simples. As métricas podem ser elementos importantes de inovação, de maneira a induzir o comportamento inovativo, assim como avaliar os resultados de ações específicas ou para a tomada de decisões. A definição das métricas para um determinado negócio é algo específico de cada negócio. Para o estabelecimento das métricas, é necessário se entender aspectos como o contexto, mercado e objetivos de cada organização ou negócio. O uso de uma estrutura de métricas “prontas” ou usar as mesmas métricas utilizadas por outras organizações tende a induzir a sua organização a atender os objetivos da outra organização e não os da sua.

“Você não entende a sua organização por que ela não tem métricas ou você não tem métricas porque não entende a sua organização?”

Por onde começar?

Quanto você conhece da sua organização?

Uma dificuldade típica, diz respeito ao uso de métricas antigas em um novo ambiente de negócios. Em um ambiente competitivo os aspectos mais importantes podem não ser os mesmos do passado. A percepção ou caracterização do valor, que é a principal meta da inovação, precisa assim ser bem estabelecida. Por exemplo: tradicionalmente as métricas se baseiam em avaliação de aspectos tangíveis, porém, pode-se notar que hoje, mais de 80% (e este número tem aumentando continuamente) do valor de mercado das maiores empresas do planeta é baseado em valor intangível. A constatação do aumento do valor intangível das empresas, percebido a partir da década de 90, é relacionado principalmente as empresas baseadas em tecnologias, serviços e inovação, sendo tratado dentro do conceito econômico de “Nova Economia”

As primeiras perguntas estratégicas que se apresentam neste contexto são:

  • Quantos % do valor da sua empresa é atribuído a aspectos intangíveis?

  • Você quer aumentar aspectos tangíveis ou intangíveis de sua empresa?

  • A resposta a estas perguntas podem influenciar completamente a percepção, a configuração e os direcionadores estratégicos de um sistema de gestão da inovação.

Indicadores

A estrutura de métricas pode ser estabelecido em diferentes níveis e aspectos da organização como: de suas áreas, departamentos, projetos, e macro processos, processos, podendo ser integrados a um sistema de indicadores corporativos.

É necessário que a organização seja capaz de fazer a gestão de suas métricas. A preocupação que se deve ter na gestão das métricas, é garantir que os critérios usados para se definir e analisar as métricas sejam os mesmos. Caso contrário, dificilmente a estrutura de métricas irá funcionar sistemicamente, o que não potencializa os melhores resultados da organização.

Os objetivos estratégicos da empresa devem orientar os critérios para o estabelecimento da estrutura de métricas e sua análise. Assim quando um objetivo é alterado, a estrutura de métricas necessita ser revista. Consequentemente, uma vez alterada, os atores envolvidos com os indicadores alterados necessitam ser devidamente informados.

O planejamento estratégico também deve definir as metas de inovação que irão suportar o crescimento/atendimento dos objetos e identificar a capacidade de inovação requerida para o atendimento das necessidades futuras.

Em um processo os indicadores podem ser caracterizados em:

  • Entradas (recursos e insumos);

  • Saídas (resultados);

  • Desempenho (tempo de execução, taxa de sucesso).

Uma abordagem utilizada para os indicadores de inovação é caracteriza-los como:

  1. Indicadores de processo
    • Projetos em execução;
    • Recursos utilizados;
    • Transferência de tecnologia;
    • Formação de redes e parcerias;

  2. Indicadores tecnológicos
    • Tecnologias geradas;
    • Propriedade Intelectual gerada;

  3. Indicadores de resultados
    • Produtos e funcionalidades lançadas;
    • Processos produtivos implementados;

  4. Indicadores Impacto (efeitos da adoção/uso)
    • Adicional de faturamento da organização;
    • Adicional de valor da organização;
    • Alteração de indicadores ambientais;
    • Alteração de indicadores sociais;
    • Atendimento dos objetivos da organização;

Embora algumas dessas métricas sejam valiosas para impulsionar o investimento em inovação e avaliar os resultados, elas podem apresentar uma visão limitada, principalmente quando a inovação extrapola os limites na organização num contexto de inovação aberto, em um ambiente de inovação disruptiva ou quando não considera aspectos intangíveis relevantes para a organização.

Do ponto de vista de das oportunidades de avaliação de eficiência e de melhoria contínua, seria recomendável que todos os processos da organização tivessem seus indicadores. Por questões operacionais, nem sempre isso é possível. Neste sentido, a automação da coleta das informações potencializa o uso de métricas mais abrangentes e eficientes.

A norma ISO 56002 apresenta o que deve ser considerado e garantido, mas não como deve ser constituído, implementado ou operado um sistema de gestão da inovação.

O objetivo do texto foi o de ajuda-lo quanto ao entendimento deste tema. e orientá-lo no processo de implementação de uma estrutura eficiente de métricas de inovação. Este tema é abrangente e novos subtópicos e “posts” estão sendo desenvolvidos para enriquecer ainda mais este entendimento.

Não hesite em entrar em contato com InnovaManager.